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21 de nov. de 2010

Resenha em 10 ítens da Dei Verbum (Palavra de Deus)

SEMINÁRIO DE TEOLOGIA DIVINO MESTRE

Breve resenha em 10 pontos da:


“CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA ‘DEI VERBUM’
SOBRE A REVELAÇAO DIVINA”

1-Cristo, Plenitude da Revelação:
Cristo é o ápice da Revelação Divina. É Deus mesmo, achegando-se ao homem e revelando Sua vontade. Ele, “... pela plena presença e manifestação de Si mesmo por palavras e obras, sinais e milagres, e especialmente por Sua morte e gloriosa ressurreição dentre os mortos...” (DV 4), é Aquele que dá sentido a todas as outras manifestações divinas do passado. E Nele, está a plenitude da Revelação por Ser Deus mesmo falando de Si.

2-A Sagrada Tradição:
Sem a Sagrada Tradição, nós não teríamos um testemunho fiel e eloqüente da vida de Jesus, seus ensinamentos etc. Essa mesma Tradição definiu, com a segurança da fé das primeiras comunidades cristãs, “... o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras...” (DV 8). A Palavra de Deus, enquanto escrita, vem após a Palavra de Deus, enquanto experiência de fé vivida pelas comunidades e transmitida pela Tradição.

3-Relação da Tradição e Escritura com a Igreja e o Magistério:
Tradição e Escritura, “... constituem um só sagrado depósito da palavra de Deus confiado à Igreja...” (DV 10). Selando essas duas realidades temos o Sagrado Magistério que encontra nelas sua fonte, mas também age sobre elas com a autoridade que lhe foi conferida pela própria Palavra de Deus. O Magistério, não é superior à Palavra de Deus, e sim está ao seu serviço. Entretanto é o único interprete da mesma Palavra, “... por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo...”. São realidades interligadas, em cooperação mutua.

4-Como interpretar a Sagrada Escritura:
A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus escrita com a palavra dos homens, ou seja, escrita “... através de homens e de modo humano...” (DV 12). Para a interpretação da Sagrada Escritura o estudioso (exegeta, teólogo) deverá procurar conhecer muitos aspectos que a cercam, línguas, autor, cultura, contexto, gêneros, situação sócio-política, etc. Tudo isso, sem é claro, esquecer-se que se trata da santa Palavra de Deus que, sendo “viva e eficaz” (Hb 4, 12) tem uma voz que lhe própria, a voz de Deus.

5-Importância do Antigo Testamento para os Cristãos:
O Antigo Testamento, repleto de situações conflitantes e “... coisas imperfeitas e transitórias, manifestam contudo a verdadeira pedagogia divina”. (DV 15). Seu conteúdo traz orações, súplicas, clamores e ensinamentos que refletem com reflete de forma “... latente o mistério de nossa salvação” (DV 15), que tem o seu cumprimento em Jesus Cristo.

6-Unidade dos dois Testamentos:
Sendo Deus o autor dos dois Testamentos, “... dispôs sabiamente, que o Novo estivesse latente no Antigo e o Antigo se tornasse claro no Novo” (DV 16). Ao ler o Antigo Testamento abre-nos a uma Promessa, a uma Esperança que nele se encontra implícita, ao lermos o Novo Testamento, acolhemos uma Revelação, uma Pessoa (Jesus Cristo) que nele está explicita.

7-Excelência do Novo Testamento:
O Novo Testamento não detém a excelência sobre o Antigo somente por causa de seu estilo de escrita ou sua abrangência teológica. Sua excelência se encontra exatamente por nele se encontrar a revelação da Pessoa de Jesus Cristo que “... veio na plenitude do tempo...”, e “... se fez carne e habitou entre nós...” (DV 17). Todos os escritos do Novo Testamento “... são testemunho perene e divino destas coisas...” (DV 17) que se referem a salvação conquistada a nós por Cristo Jesus.

8-A Igreja venera as Sagradas Escrituras:
A Igreja, venera a Sagrada Escritura colocando-a no mesmo patamar do Santíssimo Corpo do Senhor. Na liturgia, desde antiqüíssima tradição os cristãos comungam, toma de duas mesas o pão que os alimenta: o pão da palavra (Sagrada Escritura) e o pão da vida (Eucaristia). A Palavra de Deus constitui-se assim “... alimento da alma, pura e perene fonte da vida espiritual” (DV 21).

9-Importância da Sagrada Escritura para a Teologia:
A Sagrada Teologia, nem existiria se não tivesse com fonte a Palavra de Deus escrita onde se debruça piedosamente e, “... nesta mesma palavra se fortalece firmissimamente e sempre se remoça perscrutando à luz da fé toda a verdade encerrada no mistério de Cristo” (DV 24). A Sagrada Teologia estaria sem meios de estudo se não tivesse nas mãos e no coração dos teólogos a Sagrada Escritura, que é a “... alma da Sagrada Teologia” (DV 24).

10-Recomenda-se a leitura da Sagrada Escritura:
Ninguém ama aquilo que não conhece ninguém pode falar daquilo que não sabe e, mais ainda, “... vão pregador da palavra de Deus externamente quem não escuta interiormente” (DV 25). Sem contato com o texto, sem a leitura feita com oração, piedade e atenção, ou no mínimo a escuta por parte dos fieis que não podem ler, ninguém pode ser formado pela Palavra de Deus e nem pode transmitir com fidelidade os ensinamentos de Cristo. A Igreja, que sabe a salutar eficácia do contato com a Sagrada Escritura, convida o povo de Deus: “Acheguem-se, pois, de boa mente ao próprio texto sagrado, quer pela Sagrada Liturgia repleta da palavra de Deus, quer pela piedosa leitura, quer por cursos apropriados...” (DV 25).
Todos os esforços dos exegetas e teólogos, como também por parte da Igreja, enquanto sua função missionária e pastoral, são válidos para que se “... façam-se edições da Sagrada Escritura, munidas de anotações apropriadas, para uso também dos não-cristãos e adaptadas à condições deles...” (DV 25). Enfim, esforcemo-nos, todos nós cristãos para que, com inteligência, possamos “difundi-las de todos os modos” (DV 25) a todos os povos.

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