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5 de set. de 2011

Testemunho Vocacional


EU E O PADRE DAVID

            Estamos no Ano Sacerdotal! A convite de Sua Santidade, o Papa, Bento XVI, devemos fazer desse ano um profundo momento de reflexão sobre a dignidade do ministério ordenado, e intensificar nossas orações de intercessão e ação de graças por tantos homens que ao longo da história da Igreja deram o seu "SIM" na particularidade da vida e presbiteral.
            Penso que todos nós, católicos praticantes ou não, já tivemos uma bela experiência com os pastores da Igreja, os Padres. Quantas vezes esses homens de carne e osso foram verdadeiros "anjos" em nossas vidas e em nossas famílias, trazendo palavras que pareciam cair diretamente dos lábios de Deus, confortanto os nossos corações e até mudando nossos conceitos etc.
            Comigo não foi diferente! Desde que tinha meses de vida vi a intervenção dos Padres em minha vida formando a minha fé e minha caminhada vocacional. Quando pequeno, fui encaminhado para adoção por Frei José Maria Lorenzetti; daí para frente os Padres tiveram ativa influência sobre mim. Seria uma lista grandiosa de todos que foram canais da graça de Deus.
            Gostaria de partilhar com todos os paroquianos e visitantes da Catedral sobre a influência de um Sacerdote em particular, Pe. David, pároco desta comunidade. Conheci-o em Santa Cruz, quando foi pároco da Paróquia São Benedito. Logo que conversamos não tive dúvidas em pedir que ele me orientasse espiritualmente. Eu trabalhava na Casa de Oração, já havia tentado tantas vezes ingressar-me no caminho vocacional, sem obter sucesso.
            Nossas conversas foram poucas, mas frutuosas. Ele me orientou sobre minha vocação, sobre minhas enfermidades e até tivemos a oportunidade de fazer alguns trabalhos juntos. Como um comenta, tão rápido veio, tão rápido se foi. Foram apenas 10 meses... e daí já pensei: "mais um diretor espiritual que vai embora". No entanto, suas palavras precisas, regadas sempre por um "de certa forma", me levaram a não esconder os dons que Deus me concedeu. A partir   daí nossos contatos foram bem raros.
Em 2005, começei a ajudar o Seminário Diocesano arrecadando doações de alimentos e produtos de limpeza em Santa Cruz. Tinha saído do emprego, pois sentia uma vontade de entregar-me a Deus consagrando-O toda minha vida.
Nisso resolvi escrever uma carta para o Padre David. Nem sei por que motivo o escolhi... talvez seja por causa de suas "perguntinhas indiretas" quando ele quer que nos mechamos para fazer alguma coisa pelo Reino de Deus.
Escrevi a carta, nem corrigi os erros e enviei pelo correio. Na carta, lembro-me bem dessas palavras: "Padre Davi, o senhor e eu sabemos que Deus quer alguma coisa de mim, mas qual é?". Por isso escrevi. Sentia que ele podia me ajudar a perguntar a Deus qual era a sua vontade sobre mim. Dias se passaram... e então.
O Padre Gilson, recém-ordenado, começou com uma conversa estranha se eu não queria entrar no Seminário. De primeiro instante, disse que já me sentia um tanto "velho" para pensar nisso, porém demostrei entusiasmo Então, ele me disse: "Olha o Padre Davi, leu sua carta e já falou com o Bispo, e ele também já tem conhecimento do que você escreveu". Tremi !!!
Queria dizer que ele não podia ter feito isso, mas ao mesmo tempo fiquei feliz pois sabia que Deus podia me responder ainda com mais clareza pelo Senhor Bispo, já que, como afirma a Igreja, ele é o primeiro responsável pelas vocações em sua Diocese. Então aguardei e rezei.
Passado uns dias, liguei para o Sr. Bispo e marcamos uma conversa. Foi uma coisa bem tranquila. Falamos mais sobre "seguir Jesus" do que sobre sacerdócio ou entrada no Seminário.
Pois bem, nem uma semana depois e um telefonema muda toda minha vida. "Agnaldo, você foi aceito para entrar no Seminário". Que convite divino, era a Igreja e seus pastores me dizendo: "Vem e segue-me. Arrisque-se a seguir Jesus radicalmente. Mas não demores mais!!!"
Padre Gilson (outro Sacerdote especial em minha vida) trouxe-me no Seminário e com poucos minutos de conversa tudo estava resolvido: tinha menos de 15 dias para ajeitar tudo e entrar no Seminário Diocesano. Foi uma correria, roupas, livros, deixar os programas de rádio, minha saúde, minha mãezinha etc. Ufa!!!
Tudo pronto ou não! Dia 15 de agosto de 2006, eu adentrava os portões do Seminário onde estou até hoje.
O que posso dizer hoje sobre esse Sacerdote se resume nisso: "Padre Davi, se um dia eu for Sacerdote,  o senhor é culpado. Quando eu nem mesmo acreditava em mim, o senhor acreditou. Obrigado!
Agnaldo (seminarista diocesano)

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